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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Virei mulher


Quando me dei conta estava eu cheia de responsabilidades com uma casa a gerenciar, uma empregada, filhos, marido, um emprego e ainda por cima tendo que ser impecável em tudo. A mãe-modelo, a mulher-parceira e amante ideal.

Em que momento cresci? Qual parte ficou tão lá atrás que mal me lembro da minha vida antes dessa?

Em que fase da vida parei de ser dona do meu tempo? Após a maternidade com certeza! Porém, antes disso eu já não ditava mais as regras. Já havia muitas cobranças e compromissos para ser uma pessoa bem aceita na sociedade. Já tinha que interpretar diversos papéis.
Longe de mim querer viver de lembranças ou simplesmente jogar tudo pro alto para ter uma nova vida. Mas seria tão bom se existisse um botão "pause". A vida seria mais lenta, eu menos estressada e ansiosa.

Um comentário:

  1. Lívia,
    Adorei! Quero autógrafo!
    Olha, como não consegui postar um comentário no seu blog (não sei o porquê...)
    Ai vai meu comentário para vc.:
    Bjs

    Lívia, adorei seu blog!!! Vou deixar ai minha contribuição.




    Concordo com vc. Acho que muito das frustrações vem de nossa criação. É uma construção fantasiosa, ao longo dos anos, do que é felicidade.

    Essa fantasia vem, não só de quando éramos pequenos, mas também quando adultos, através do que assistimos, lemos e escutamos. Dos amigos que escolhemos até o tipo de trabalho. Somos metralhados com informações e imagens do que é perfeição, do que é certo ou errado. Chega a ser difícil estabelecermos nossas próprias impressões.

    Devemos entender que para ser feliz, precisamos ser maleáveis, adaptáveis à realidade. Que a felicidade não é aquela de filmes e novelas. Não é o corpo perfeito, não é o braço sarado, não é o homem perfeito, não é o bebê Jonhson, não é o rostinho sem espinhas, não é a saúde perfeita...

    Podemos ser cheinhas e felizes, podemos não ser casadas com Brad Pit ou José Maia e contentes no casamento. Podemos ter problemas de saúde, mas superá-los.

    Tudo é uma questão de como enfrentamos a vida. Do copo meio-cheio ou meio-vazio.

    Obviamente que temos limites e esses limites devem ser respeitados. Não devemos violentar nossa moral, nossa auto-estima em busca do conceito fabricado de felicidade.

    Escutei uma frase que gostei muito e tento adaptá-la na minha vida: “Nem sempre as coisas acontecem no preto ou no branco. Na maioria da vezes elas ocorrem na zona cinzenta.”

    Bjs e saudades,

    Lisa

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