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receitas (14)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

E o ano começa


Agora o ano começa mesmo. Os próximos feriados só em abril, tem noção?
Vivo para os feriados.

Meu Deus isso é normal? Espero que seja, caso contrário sou o ser mais cansado deste planeta...

Talvez, não seja cansaço não, seja exaustão ao calor. Como odeio com todas as minhas forças o verão 40º. Sei que este assunto está repetitivo para os ouvidos cariocas e eu, como boa carioca, sou a primeira a reclamar do calor a cada manhã, mesmo passando a maior parte do dia no ar condicionado.

Vivo cheia de ácidos no rosto, como posso me arriscar pelo sol escaldante? E há coisa mais desagradável do que suor?

As roupas de verão, também, me cansam rapidamente, assim como as sandalinhas rasteiras que já andam sozinhas pela cidade. Os cabelos, ficam tão sem graça, a pele ganha um brilho estranho e de brinde umas manchas do sol.

Já sei que além d'eu reclamar do verão vão dizer que nem pagode e samba eu curto. Carioca muito esquisita eu!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Avec plaisir


Tenho algumas paixões. Uma delas é a culinária e todo o prazer por tras dela. Amo cada detalhe: escolher receitas, ler livros de culinária, comprar os ingredientes num mercado bacana ou numa feira, elaborar os pratos e sentir uma imensa satisfação em degustá-los. Sou a chef da minha cozinha.

Adoro descobrir restaurantes e testar novos sabores. Sempre fui meio gulosa e minha mãe minha referência em comida. Cozinha bem e gosta muito de nos unir desta forma. Acho que as mães são verdadeiras sábias. Elas conseguem ser boas em tudo e nos fisgam pela boca.

Gosto de estimular meus filhos a terem prazer na alimentação e jantamos sempre juntos. Ali é o nosso momento. Ali é um pedacinho da nossa vida.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Sou uma pessoa cheia de manias, meio TOC e tenho alguns rituais.

Na corrida para o Oscar, fico fazendo lista dos filmes que quero assistir antes da entrega da premiação. Mantenho esta rotina há muito tempo e este ano não tem sido diferente.

Vi dois filmes que gostei muito: Invictus e Preciosa. Ambos com ótimas atuações e com o poder de tocar a fundo nossa alma.

São histórias densas e de vida. Como alguém pode achar que tem problemas ao ver esses exemplos? O que significa passar 27 anos preso e sair dali com total abnegação e amor ao próximo?

O que é querer dar amor sem nunca ter tido? O que é ter um pai que só te fez mal e ainda assim sua mãe desejá-lo mais que tudo?

E quando achamos que o fundo do poço chegou só que ele é tão profundo que nem vemos o fim.

Sinto-me uma pessoa minúscula, cheia de preconceitos, de verdades e de superioridade ao me comparar com Mandela ou à personagem de Preciosa.

É sabido que daqui nada levaremos, mas o que deixaremos? O que podemos fazer ainda nesta vida?

Algumas respostas conhecemos. O grande desafio é colocarmos em prática o desapego e acreditarmos na nossa capacidade de virar o jogo.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

OFF


Invejo a capacidade dos homens de se desligarem do ambiente.

Já repararam que a casa pode estar pegando fogo com crianças pulando, gritando e brigando, mas eles conseguem ler o jornal sentados no sofá como se nada tivesse acontecendo ao redor?

Como eles conseguem ir ao banheiro e esquecerem que existe vida do lado de fora daquela porta?

E quando assistem aos programas esportivos? Tudo que falamos naquela hora torna-se apenas um zumbido em seus ouvidos.

Como eles conseguem falar ao telefone como se estivessem sozinhos em casa?

Eles devem ter um botão OFF. Nós temos defeito de fabricação, afinal nosso ON está sempre ligado.

O jeito é aguardar o nosso recall, meninas!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Carnaval

Nesta época do ano não se fala em outro assunto que não seja carnaval. É uma corrida louca para recuperar o corpo. São inúmeras programações: desfilar, blocos, festas, viagens carnavalescas.

A contagem é regressiva e a sensação de "posso tudo por quatro dias" é geral.

Porém, estou aqui para lembrar que só mesmo quem não tem filhos entra neste clima. O restante está buscando bailinhos infantis ou lugares com muito ar condicionado para descansarem, se isso for possível com crianças pequenas.

A vida que tinhamos antes dos filhos acabou mesmo.

Mas, a ótica é outra, mudamos a perspectiva.

Se pensarmos mais no que ganhamos do que no que perdemos podemos encontrar um melhor equilíbrio e transformar nossa vida numa grande comédia ou num inferno.

A rotina é pesada, nos sentimos fora de forma, em muitos casos, ao final do dia estamos esgotadas. A pouca energia que nos sobram são para ler histórias para os filhos dormirem.

Nada que valha a pena é fácil. Será que há algo que valha mais a pena do que sermos os melhores pais e esposas?

Crise dos 40


Dia desses, em uma livraria, vi um livro que me chamou atenção: "Para homens na crise dos 40 e mulheres interessadas em compreendê-los".

Relutei em comprar o livro, apesar do tema me interessar bastante.

Na hora, lembrei-me de uma amiga, que adoro, e que sempre tem histórias para contar dos homens nesta tal crise. Fico apavorada.

Na crise, o Gatão da meia idade busca a Chapeuzinho Vermelho e eu estou mais para mãe da Chapeuzinho. Vovozinha é a mãe!!!

Ele carrega, também, a constante lembrança do peso da idade através dos cabelos brancos surgindo, da barriguinha saliente e da pequena distância entre o presente e futuro.

A crise faz com que o quarentão renegue décadas de experiência e comece a ter atitudes estranhas para um homem já maduro.

Além de desfilar por aí com uma Chapeuzinho à tiracolo, começa a tentar recuperar o tempo perdido. Aprendendo a surfar, comprando moto, skate e fazendo viagens esportivas. Como dizia o Chico Anysio "Sou jovem, pô!"

Como tudo tem um lado bom, nesta fase da vida existe o temido exame da próstata. Para felicidade das mulheres que foram atingidas pela crise, mesmo por marolinha.

Li uma vez que o governo ia criar um decreto obrigando os homens a fazerem o tal exame aos 40 anos de idade.

A fiscalização poderia ser como uma blitz da Lei Seca:

"Tem mais de 40? Pode arriar as calças e mostrar a identidade".

Aos que fossem pegos sem o comprovante do exame aumentariam o número de dedos a serem usados no próximo.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Pequenos prazeres

Como é bom saber curtir os pequenos prazeres da vida.

Perdemos muito do nosso tempo reclamando da nossa rotina e muitas vezes ofuscamos a nossa empolgação de viver.

Tem coisa melhor que chegar em casa e ser recebida com um sorriso e abraços apertados dos filhos que sentiram nossa falta durante o dia?

Existe algo mais compensador do que após um dia de trabalho poder jantar com sua família reunida?

E quando nos sentimos tristes termos no nosso companheiro a compreensão e carinho;

Poder ficar abraçadinhos vendo um programa de TV sem a menor pretensão;

Ir ao cinema de mãos dadas;

Encontrar amigos;

Comer uma sobremesa bem gostosa;

Ouvir música;

Andar sem pressa;

E acreditar que escolheu a pessoa certa para dividir sua vida com você...

O amor é mesmo mágico. A família que formamos faz parte de uma história de amor.

O final feliz depende de como cada um conduz a sua vida.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Weekend

Oba! Chegou sexta-feira!
Dois dias de descanso e de estudar as melhores programações para o final de semana. Ficar deitada a dois até a hora que o corpo mandar, escolher um restaurante favorito,ir ao cinema ou teatro, ir à praia quando der vontade, ver amigos, fazer unhas, tomar um porre. Que delícia!!!

Se não fosse um pequeno detalhe: Isso foi na vida anterior a esta, antes dos filhos. Como diz meu marido: "morremos ainda nesta vida".

A sexta-feira serve como alerta aos nossos ouvidos: o pior da semana está ainda por vir.

A programação é intensa e imposta em função dos mini Deuses de cada lar: Muitas festas infantis com um barulho insuportável e acompanhadas de frituras bem engordativas, sol nos períodos em que as pessoas normais ainda dormem, cinema infantil, claro! (ali talvez eu consiga dar uma cochilada), piscina lotada de amiguinhos bem barulhentos te jogando água, teatrinhos insuportáveis e restaurantes que tenham uma jaula para nossas ferinhas, pois a comida é o menos importante neste momento, precisamos apenas tentar uma alimentação para sobrevivência.

A sensação é unânime temos dois empregos em período integral quando os filhos vem. A
segunda-feira nunca foi tão bem vinda.

Ajuda


Como dizia a música da Rita Lee "mulher é bicho esquisito..." e somos mesmo!

Já repararam na facilidade que temos em culpar o outro no nosso dia-a-dia?

Se por um lado nos sentimos sobrecarregadas e tendo que rebolar para dar conta das nossas mil funções, por outro nunca achamos que eles são bons o suficiente para nos substituir. Somos centralizadoras demais, mulheres!

Um exemplo clássico: Tornamo-nos mãe. No início é pauleira e, muitas vezes, tudo novo. Acordar à noite para amamentar, trocar muitas fraldas, limpar vômito,lavar mamadeiras. Fedemos a leite, somos apenas mãe nesta fase da vida. Mas, sentimos vontade de ir ao banheiro, de tomar banho, de nos alimentar e de dormir. Tudo parece difícil. Por alguns momentos, temos medo da nossa vida ser assim para sempre.

Criamos grandes expectativas em cima do marido e agora pai. Achamos que ele não pode ser tão desumano conosco, afinal, ele "entende" nosso cansaço físico e dedicação total. Porém, em muitos casos é preciso um empurrãozinho para termos a tão esperada ajuda masculina.

Vemos o pobrezinho do pai querendo ajudar a dar um banho ou mesmo trocar uma fralda ou vestir o bebê. Como reagimos na maioria das vezes? Em geral, de forma negativa. Como um pai muito sem jeito ou ainda sem o ritmo do bebê ou mesmo sem noção.

Às vezes, tenho pena dos homens. Não é fácil lidar com seres que sofrem de constantes alterações hormonais.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

envelhecer

Cada dia são lançados tratamentos e cremes que prometem fazer-nos parar no tempo.

Eu, como devota de cremes e boa consumidora que sou, compro as ideias e esvazio prateleiras deles. São para diversas rugas (é isso mesmo, temos rugas de vários tipos), para atenuar olheiras, para diminuir rugas de expressão (outro tipo de ruga), para dar mais flacidez ao rosto, para diminuir gordurinhas nada bem vindas, para celulite (de acordo com o grau dela), para disfarçar estrias, para deixar as mãos mais macias, para fortalecer as unhas, para usar antes e após a depilação. Um leque de opções. Basta escolher.

Compro o pacote completo: creme-solução-milagrosa-sem esforço=juventude.

Como gostaria de ser menos escrava da vaidade!

Por que nunca estou feliz com o que vejo no espelho? Por que há dias em que nada me cai bem e há outros em que acordo bonita? Por que acho sempre que não tenho roupa? Por que acho que meu estilo está muito sem estilo?

Será que sofro de nostalgia ou tenho medo da finitude pessoal? O que estou tentando adiar, algo inadiável?

Não sei até que ponto a vaidade é apenas um prazer pessoal ou se é uma camuflagem do que nos espera lá na frente, como se existisse um freio temporário.

Deixo esta questão para Freud. Como diz a minha mãe: " Só Freud explica".

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Perdoando a traição

Parto de um princípio que a mulher enxerga a traição de uma forma diferente do homem.

A mulher, em muitos casos, perdoa a pulada de cerca do companheiro.

As motivações são individuais, porém quase todas assumem uma "mea culpa" ou até mesmo culpam-se totalmente:

"Não tenho sido uma boa mulher para ele, estou muito mãe"; "Não tenho mais tido tempo para nós dois, mal olho para meu marido"; "Tenho pouca vontade de transar, vivo exausta. Quem dirá trepar!"; "Tornei-me muito ranziza"; "Parei de me cuidar, só engordei nos últimos anos"; "Meu marido se tornou minha última prioridade" e por aí vai.

A família tem peso dois na vida da maioria das mulheres,sendo assim, toda mágoa e dor de uma traição são repensadas e relevadas, pois há muito em jogo. O sexo feminino passa a vida sabendo que um dia terá marido e filhos. Estão todas preparadas para um caminho diferente desse? Quantas sabem lidar com esse grau de frustação imposto pela nossa sociedade?

Mulheres são complexas. Os homens são mais simples e pragmáticos.

Quando o homem é traído, ele assume que aquela mulher não vale a pena. Eles são machistas demais, em sua maioria, para aceitarem um deslize desses.

No fundo, todos estão em busca da felicidade. Não importa como. Só desejam tê-la intensamente.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A maternidade

Parece que foi ontem. Lembro-me perfeitamente daquela manhã.

Sentia uma mistura de ansiedade, medo e euforia. Finalmente, ia ver o rostinho do meu primeiro filhote que "choquei", com amor, por 9 longos meses.

Na ida para sala de parto, eu me perguntava como tudo seria a partir dali. Só lembrava das mensagens otimistas da minha mãe e das minhas amigas. Pensei: "vai dar tudo certo!"

Ver meu filho pela primeira vez foi perceber naquele momento que ganhei mais um título: mãe. Soube ali como já o amava.

Como a força da maternidade conseguia ser maior que as leis da natureza?

Nunca imaginei um amor tão imenso como aquele.

São muitas abnegações, dedicação e total vivência para um filho. Abrimos mão de tantas coisas, aprendemos a ser altruístas, mudamos os nossos valores, mudamos muito.

Nunca desconfiei que meu sono teria tanta importância na minha vida como hoje.

Nunca pensei que choraria ao levar meu filho à escola pela primeira vez, nem ao vê-lo numa apresentação da escola e, muito menos, quando ele dissesse que me amava.

É amor demais. E apesar de todo o sequestro do meu tempo não imagino sequer minha vida sem meus filhos.