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quarta-feira, 31 de março de 2010

Feliz ano novo, de novo!



Já tivemos o reveillon, o carnaval, volta às aulas e agora o fim do BBB10. O ano começa de verdade.

Confesso que fico aliviada em saber que não vou mais perder meu tempo ouvindo o Bial contar suas longas crônicas para descrever cada participante. Como ele se tornou tão mala? Minhas horas de sono voltarao a ser equilibradas. Meus ouvidos também agradecem por não terem mais que escutar tanta bobagem dita naquela casa com gritos de histerismo e acompanhados de inúmeros barracos. Certamente, minhas enxaquecas diminuirão. Meu Deus, quanta mulher barraqueira no mesmo ambiente!

Porém, já vislumbro um vazio nas minhas conversas com os amigos, afinal, o assunto já fazia parte do meu cotidiano. Estava viciada no programa. De quem vou falar mal com o aval de todos? Como vou poder criticar tanto uma criatura sem ser tachada de venenosa? Com quem mais vou poder analisar os invisíveis defeitos nos corpos de tantas beldades?

A partir de hoje, começo minha meditação e transformação: Amo todas as pessoas!

Ai que vazio está me dando...

segunda-feira, 22 de março de 2010

Outono


É sempre assim: Anuncia-se a chegada do outono e entra alguma frente quente como se quisesse desafiar a nova estação.

Ai que vontade de sentir o vento, olhar o céu cheio de nuvens, caminhar por cima da linda folhagem estalando sob meus pés e de admirar o por do sol colorido desta estação.

A luz rasante de fim de tarde que atravessa a folhagem seca das árvores dá um toque de magia. O cenário é convidativo.

Outono inspira romance.

Seja muito bem vindo!!!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Nostalgia



Nostalgia s.f Melancolia, tristeza causada pela saudade/saudade do passado, de um lugar.

Dicionário Aurélio

Sou da época de "Menina veneno", "Kátia Flavia", dos festivais de música com nomes de marcas de cigarros, do Rayto del sol, da calça Philippe Martin, da matiné da Help, da lambada, do Banana Café, do Resumo da Ópera, Trap, Sweet Home. Ploc total.

Foi ali que soube que o mundo era meu e sem esforço. Tudo era uma grande descoberta, uma aventura. Não queria mudar o mundo. Desejava viver intensamente cada segundo da minha existência, o resto eu tinha certeza que viria.

Sempre imaginava que a vida de um roqueiro famoso deveria ser o máximo: Liberdade com assédio das fãs. Que delícia viver sem limites e ainda de quebra viajando para todo canto do mundo com a mulher que quisesse! Quase um acertador da mega-sena aos meus olhos de aspirante à mulher.

Anos antes, brincava de bonequinha de papel com minha amiga inseparável e já tínhamos uma certeza: nos casaríamos um dia, seríamos ricas e felizes. Só nos esquecemos de pedir a fórmula.

Décadas depois, entendemos que a vida era uma batalha diária em uma gangorra. Perdemos aquela ingenuidade da infância, os sonhos tornaram-se mais concretos, os medos infinitos, ficamos mais seletivas e exigentes. Ganhamos a hipocrisia da vida adulta e tentamos nos convencer que estamos em nossa melhor fase.

Estamos ainda aprendendo a viver, embora com mais conquistas e realizações.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Adornos essencias


Percebi, hoje, que nunca sobreviveria em uma ilha deserta. Lá no fundo, já tinha minha desconfiança.

Não apenas pelo meu jeito nada aventureira, mas principalmente por não saber viver sem meus adornos essenciais.

Minha mãe me conta que saí da maternidade de brincos. Desconfio que a partir dali eu já fazia parte de alguma comunidade "meninas de brincos". Só fico sem eles para dormir e ainda assim há dias em que ficam coladinhos no meu travesseiro.

Já não sei mais a cor natural do meu cabelo e nem quero saber!Também não tenho ideia de como eram minhas sobrancelhas antes de fazê-las, nem imagino quantos centímetros de pelos teria nas minhas axilas se não existissem depilação ou simples giletes e faz muito tempo que não vejo minhas unhas sem esmaltes, será que ainda são transparentes?

Meu Deus, sou uma verdadeira farsa!

Ilha deserta não serve mesmo pra mim e se ainda estivesse acompanhada, arrumaria uma burca onde apenas meus olhos pudessem ser vistos.

Por conta dos meus 5 minutinhos a mais que ganho na minha cama quentinha, acabo saindo apressada e deixo para me maquiar no carro. Esta manhã, consegui passar o blush e rímel ainda em casa e por esta razão devo ter esquecido minha inseparável e amada necessaire. Só me dei conta no caminho ao olhar para o retrovisor com intuito de passar meu gloss e vivi a horrível experiência da separação.

Constatei que sou dependente de gloss!

Naquele instante, experimentei o sofrimento da abstinência: tremores, mal estar e acima de tudo me sentia uma mulher incompleta sem meu gloss. Entrei numa drogaria perto do tabalho que sequer vendia um batonzinho, continuei a saga. Estava disposta a comprar qualquer marca, nem que isso me levasse ao atraso. A causa era justa.

Cheguei ao clímax ao avistar uma marca desconhecida: "lábios volumosos". Apenas espero que meus lábios não fiquem como os da Donatella Versace até o fim do dia.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Mulherzinha, sim!


Mulher tem que ser mulherzinha. Tem que ter uma certa vaidade, seguir a moda,ter medinho, usar brincos, batom, fazer depilação, fazer biquinho e ser feminina.

Por mais espaço que tenhamos conquistado nas últimas décadas não sou a favor da igualdade total. Cada um no seu quadrado!

Tenho a teoria que para ganharmos, perdemos muito também. Nossas conquistas são grandes: estamos mais presentes no mercado de trabalho, nas universidades, somos mais independentes, mais autoritárias e nossa opinião ganhou maior espaço na sociedade. Porém, acumulamos cada vez mais funções na nossa jornada mãe-mulher-profissional. Não conseguimos ser nem mães e nem profissionais 100%. Até quando aguentaremos todo este peso nos ombros? Alivie-o um pouco, de preferência, sem a nossa conhecida culpa.

Deixe o homem trocar a lâmpada, o pneu do carro, ir ao mecânico, pagar o restaurante, fazer orçamento familiar e de quebra faça-o compreender de vez alguns gastos essenciais de mulherzinha.

Hoje, após receber inúmeros "parabéns pelo seu dia", rendo-me para desejar a nós, mulheres, não apenas um dia especial, mas que possamos escrever nossa história com toda sutileza e merecimento de uma mulher.

Se pudesse voltar atrás, o que mudaria na sua vida?



Quem nunca se fez esta pergunta antes?

Mudaria muitas escolhas que me levaram a estradas mais árduas. Deixaria de lado algumas desavenças e ficaria mais focada nas oportunidades que posso ter deixado passar.

Não acredito na hipocrisia humana quando responde: "nada". Ou frases à la BBB: "faria tudo de novo".

Sempre há uma decisão a ser revista.

Só hoje sou capaz de idolatrar a maturidade adquirida, lamento apenas que ela não caminhe de mãos dadas com a juventude. Esta é a penalidade da vida.

Graças ao amadurecimento, pude perceber que nada é em vão. Sempre ganhamos muito com as perdas, por mais paradoxal que seja.

Fazendo uma auto-análise, no final das contas, ganhei muito mais do que perdi. Lá na frente, no final do meu trajeto, espero poder repetir este resultado e com muito mais sabedoria.

terça-feira, 2 de março de 2010

Cinco minutinhos


Sempre preciso de mais cinco minutinhos.

Acho uma crueldade existir despertador, pior ainda é termos horário para tudo! Sofro da síndrome de apego a minha cama quentinha e gostosa.

Um dia "normal" deveria ser diferente. Eu acordaria quando meu corpo desejasse, então, calmamente, leria o jornal na cama, acompanhado de um café da manhã de hotel e com meu marido me olhando apaixonado... Oops! Voltei a ser princesa.

O mundo real não é assim, pelo menos não para mim. As listas do meu dia são longas e sou adepta a elas: listas de "to do", de compras, de problemas, de possíveis soluções, de filmes a serem vistos. Porém, odeio agenda e relógios. É muita pressão viver assim.

Não suporto perceber que estou sofrendo por ansiedade, evito este confronto. Atualmente, a minha ansiedade "more" é colocar um botox e preencher uma ruga mãe que se afeiçoou a mim. Garanto a vocês que não há meditação ou terapia capazes de resolver este problema número 1 da minha lista do dia.