Queria muito estar mais presente no meu próprio blog.
Não que os assuntos estejam escassos e tampouco que ande sem criatividade nas várias desculpas que poderia listar por aqui. Por hora, vou me abster de temas profundos.
O Halloween passou. Sei que, em tese, não se comemora dia das bruxas por aqui. Ainda mais eu que sustentei, por algum tempo, um enorme incômodo com a super valorização americanóide que nós, tupiniquins, teimamos em motivá-la. Como assim estimular a cultura americana no meu país? Daqui a pouco vamos incluir em nosso calendário o Thanksgiving com direito a Black Friday. No way!
Naturalmente, a vida nos faz ver tudo por outro ângulo em algum momento. Meus filhos, como todas as crianças, adoram brincar e comer besteiras. Tenho certeza que para eles a refeição ideal seria acompanhada de muitos chicletes e balas. Provavelmente, também com muitos dentes podres de presente. Mas como sou mãe-médica-dentista-nutricionista jamais permito esta alimentação diariamente. Sorte a deles!
Voltando ao tema das vassouras voadoras: no meu prédio foi organizada uma festa Halloween digna de muitos elogios e produção hollywoodiana. Todos os apartamentos participantes colocavam uma placa na porta informando que participavam da brincadeira. As crianças estavam assustadoramente fantasiadas e cada uma carregava sua cestinha aterrorizante . Em cada canto eu via uma abóbora sorrindo. A euforia era linda de se ver.
Em um determinado momento, a minha campanhia começava a tocar e lá ia eu bastante sorridente entregar doces para aquela molecada. E assim repetiu-se inúmeras vezes. Obviamente, no final eu já estava querendo me livrar daqueles pirralhos infinitos que atrapalhavam o meu tão raro (e sonhado) silêncio em casa.
Após esta experiência, percebi o quanto as crianças se divertiram. Parecia que haviam encontrado as portas do paraíso. Sendo assim, já que o brasileiro é tão filantrópico que além de festejar o ano inteiro com a cultura mais diversificada do mundo, por que não incluir a festa dos outros? O que é que o dia das bruxas deve ter a ver com a nossa cultura? Talvez nada! Contudo, aqueles sorrisões me fizeram rever todos os meus conceitos anti-bruxais e, cá entre nós, é muito mais agradável do que Cosme e Damião.