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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Risoto de funghi com shitake

O risotto que significa, literalmente, pequeno arroz é um prato típico da região do Norte da Itália, da Lombardia. Existe desde o século XI quando o sul da Itália era dominado pelos Sarracenos e esses trouxeram o grão usado para a preparação do risotto. A receita original de risoto surgiu em 1574.

Sou daquelas pessoas que ama risoto, talvez por isso tenha me infiltrado numa vera família italiana! Como boa cozinheira-gourmet, faço-o sempre por ser um prato simples e que agrada muito meus convidados de garfo. É bem verdade que ando sem convidados, atualmente... um perigo para a minha balança e do meu marido. Mas, o Pedro gosta de tudo e para este filho dá muito prazer fazer qualquer jantar, mesmo correndo risco de ganhar uns quilos extras e beber mais taças de vinho do que deveria.





Minha receita de risoto ao funghi com shitake - 3/4 pessoas



Ingredientes

350 gramas de arroz arborio
1 cebola
manteiga - 2 colheres de sopa
azeite - 1 colher de sopa
sal
pimenta do reino moída na hora
1 xícara de queijo parmesão ralado na hora
15 gramas de funghi secchi
1 bandeja pequena de shitake
1/2 litro de caldo de legumes (fervendo)
1 taça de vinho branco
1 colher de sopa de salsa picadinha

Como fazer?

Deixar os funghis de molho em água morna por uns 20 minutos, depois basta cortar os funghis e reservar a água. Em seguida, picar bem a cebola e levá-la à panela com 2 colheres de sopa de manteiga e 1 de azeite, deixar a cebola por uns 5 minutos (não é para dourá-la).
Colocar o arroz e mexer bem, acrescentar o funghi picado e em seguida o vinho branco, mexer. Deixar o vinho evaporar e acrescentar a água  que os funghis estavam de molho (sem a terra), mexer sempre. Quando a água estiver quase seca, abaixe o fogo e acrescente 2 conchas do caldo de legumes e os shitakes limpos e picados, mexer sem parar.  Fazer este processo por uns 20 minutos até o arroz estar al dente.Colocar um pouco de sal e pimenta do reino. No final colocar a salsa picadinha e o queijo parmesão. Mexer bem e apagar o fogo. Testar o tempero, servir e bom apetite!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

SAUDOSA

 
 
 
Tenho aprendido que viver numa terra de ninguém, sem raízes, é como frequentar um grupo de AA. Uma verdadeira luta diária para não recair. Cada dia torna-se uma vitória.
 

Há aqueles dias em que a saudade é enorme! Uma falta das amigas, da família, do trabalho, do mar, dos laços que foram criados e de tantas coisas que nunca sequer gostei. Acho que nestes dias até toparia um churrasquinho na laje com pagode, se fosse para estar perto dos que ficaram por lá.

Há dias baixo astral e com a ajuda de uma TPM tudo se engrandece. Saudades não é algo que dá e passa!!! Discordo totalmente. A saudade vem de mansinho e pode ocupar uma imensidão, se permitirmos. O desafio é mantê-la numa proporção viável e este tem sido meu mantra.

O desapego é mais complicado do que imaginamos e a vida nos coloca o tempo todo em situações de teste. Desapegar-me de onde eu tinha uma história ou desapegar-me de uma boa renda? São dilemas constantes na vida adulta e quando nos damos conta estamos envolvidos de uma tal maneira que muitas vezes os pensamentos tornam-se embaralhados.

Não sou melhor do que ninguém e meus defeitos são demasiadamente longos para serem relatados. Mas tenho tentado colocar em prática que a vida é agora e devemos amar o hoje. Afinal, em tudo existe o lado bom e eu vivencio esta experiência desde sempre. Meu diário de sabedoria!
Gosto muito desta frase do filósofo, francês, Michel de Montaigne: "Pode-se ter saudades dos tempos bons mas não se deve fugir ao presente".




 

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Impressões brasilienses

Brasília tem cor de ferrugem.

A terra daqui é barrosa e na seca fica tudo desta cor embaixo e em cima o orgulhoso céu de brigadeiro. Por agora, os dias tem sido como eu adoro: nublados e com muitas nuvens, mas os pés cheios de barro.

O pão de queijo dá de dez no carioca! Talvez, tenha sido parte do plano de JK não apenas trazer o progresso para o interior do país mas, também, trazer as iguarias de sua terrinha. Mineiro tem demais por aqui e é um tal de trem pra lá e trem pra cá. Lojinhas de produtos mineiros são inúmeras e deliciosas. Tenho decoberto cada queijo. Ainda não criei coragem de me arriscar no doce de leite - além de ser muito calórico - para mim, o argentino é imbatível!

Nordestinos também estão em massa na capital federal e por causa deles os melhores restaurantes de seus estados têm filiais aqui. Sorte a minha que adoro a culinária rica lá de cima.

As padarias são ótimas e com uma imensa variedade de produtos. O pessoal adora tomar café da manhã na rua e com direito a tapioca.

Lojas de doces, tortas, brigadeiros, chocolates e cafés franceses são incontáveis. Ainda é um mistério para mim esse tributo ao doce por aqui. Talvez, por Brasília ser muito fresca e fria, à noite, durante o ano inteiro.

É um povo magro fisicamente e a mulherada sem grandes produções. Uma população bem sucedida, mas que não ostenta como os nossos conhecidos emergentes.

O povo é muito misturado. Um pouco de cada canto do país. Uma verdadeira lambança genética!

O sotaque é meio estranho. Um mix do nordestino com algum sotaque irreconhecível aos meus ouvidos. "Cara" não existe por aqui, mas sim: "Véio", "tô de boa", "que massa".

Parece que todos têm a mesma profissão: "servidor público". É algo que deve passar de pai pra filho: "você estuda para concurso ou estuda para concurso." Todos desejam a Dilma como chefe!

A torcida é flamenguista e a outra minoria torce para times mineiros e paulistas. Engraçado ver as crianças com roupinhas de time do sudeste.

O trânsito que eles dizem ser horrível é um sonho aos nossos olhos. Nunca mais reclamei de engarrafamentos na minha vida! Motoristas respeitam a faixa de pedestres. Ainda me sinto o máximo por atravessar na faixa e todos pararem para mim.

Os carros aqui devem vir com as buzinas no OFF. Outro dia, o sinal abriu e os dois carros da minha frente não avançaram, fiquei parada uns 2 minutos sem ouvir uma única buzinadinha, a não ser a minha. Achei super esquisito. Então, comecei a perceber que existem placas assim: "Em Brasília, não buzinamos".

Tem sempre um "mané" que anda com carro aberto e o som insuportavelmente alto. Aliás, em geral, ouvindo alguma música que eu faça cara de nojo (sou muito boa nisso). Internamente, xingo o cara mas sigo a vida sorrindo e admirando os lindos e coloridos ipês daqui.


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Três rapidinhas

Estamos sempre correndo contra o tempo e cheios de compromissos. A rotina é pesada e cansativa, mas nada justifica comermos mal.

O aroma da cozinha tem que nos embriagar!

Divido alguns pratos super rápidos que batem ponto na minha cozinha. Valem como entrada, acompanhamento ou até mesmo como principal.  Use sua imaginação.

Mix de cogumelos  no papelote

Shitake, shimeji e cogumelos frescos
1 dente de alho
azeite de boa qualidade
salsa picada
sal
pimenta do reino
* pode usar shoyu, se preferir

Lave bem os cogumelos e pique-os em fatias compridas e finas.
Amasse 1 ou 2 dentes de alho (a gosto)
Coloque tudo em um papel alumínio (faça um quadrado)
Tempere com azeite, sal e pimenta do reino moída na hora
Acrescente uma colher de salsa picadinha
Feche o papel alumínio
Leve ao forno médio por uns 20 minutos


Palmito fresco e aspargos frescos (verdes)




Tire a base branca do aspargos, lave-o bem e corte em fatias de 2cm
O palmito pode ser cortados em rodelas largas o cubos
Tempere tudo com azeite, sal e pimenta do reino
Leve ao forno dentro do papel alumínio (papelote)




Aspargos frescos com presunto de parma

Separe 5 aspargos lavados e sem a base branca
Acresente 2 galhos de alecrim frescos
Use uma fatia de presunto e passe ao redor dos 5 aspargos como se fosse um laço
Faça alguns desses de acordo com a quantidade de pessoas
Leve num tabuleiro e regue com azeite, sal e pimenta do reino
Forno médio por uns 25 minutos