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domingo, 18 de março de 2012

A.M.I.G.A.S. - PARTE 1 INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

O que seria da minha vida sem elas? Provavelmente, incompleta.

Tenho amigas de várias tribos e épocas, mas cada uma com a devida importância e significado para mim.

Umas são desde a infância, crescemos grudadas e dividimos os mesmos medos, sonhos e aventuras. Outras cozinham e me ensinaram a ser a chef da cozinha "chez moi", outras dividiram o ambiente de trabalho comigo conseguindo fazer o meu dia-a-dia ser um verdadeiro prazer, existem aquelas amigas "soltas" que vem pela família, afinidade ou por um simples esbarrão na rua, algumas se foram e outras ficaram firme e forte sendo um ombro necessário em tantos momentos. E há, ainda, aquelas que são agregadas, casadas com amigos do meu marido e  fazendo com que nossos simples encontros tenham se tornado uma terapia em grupo maravilhosa.

Começo uma verdadeira volta ao tempo para  relembrar como essas amigas tão especiais entraram de vez em minha vida!

Parte 1 - infância



Verão de 82,  férias escolares e o melhor local para desfrutar com meus pais e irmão era no nosso quintal: Praia do Leme.
Estava eu e meu irmão fazendo desenhos na beira d'água quando ouvimos: " Posso brincar com vocês?" 
Paulinha, Dari, Malgrand,Portuga... Tantos apelidos se resumem em uma única palavra: Irmã.
Rapidamente tornamo-nos inseparáveis e na adolescência lembro de um episódio em que o pai dela chega a questionar nossa sexualidade. Meninas são excessivamente grudentas em uma fase da vida e com a gente não foi diferente.
Dinda do meu filho, eu do dela, amiga-confidente, linda desde sempre, inocente, ingênua, meiga, vencedora, não daria para contar toda a nossa ligação em poucas linhas. Somos ligadas por afinidades e um enorme amor de amigas.

***

Ainda 1982 e esta foi minha amiga de sala por toda vida praticamente. Tornamo-nos inseparáveis nas nossas bondades e maldades infantis e garanto que não foram poucas!
Ana Cláudia: linda, loura e ainda fazia um sucesso com os meninos. Eu era a amiga coadjuvante nesta área!
Lembro que acordávamos e íamos uma para casa da outra. Apenas um prédio nos separava e assim foi por tanto tempo. Quantas bonequinhas de papel brincamos e fizemos? Perdi as contas.
Crescemos e o nosso elo é e será sempre muito forte. Posso definir a Ana como uma pessoa com brilho próprio.

***

Estava na portaria do meu edifício 528, no Leme. Vi um casal de irmãos acompanhados de dois irmãos menores e falando espanhol. Na hora eu disse para meu irmão: " Eles são novos aqui no prédio."
A amizade nasceu. Eu e Laura crescemos apertando os botões do 2º para 5º andar com frequência quase diária para brincarmos de elástico nas cadeiras da sala e aprontarmos tantas estripulias.
Laurinha, Laurides, Dra.Laura, dari, amiga-irmã, dinda dos meus filhos, geniosa, carinhosa, autêntica, inteligente, gostosona e uma verdadeira defensora das amigas.
Não tem como esquecer dos questionamentos dela que surgiram com o tempo e, sem dúvida, os mais engraçados eram na hora de botar um biquine. Um corpão capaz de parar a praia, porém aos olhos dela seus defeitos eram inúmeros. Morria de rir com as indagações.
Laura, minha amiga leoa e leal.

***

Ela era tão linda! E aqueles cabelos longos?! Sobrancelhas grossas e uma simpatia invejável. Nos conhecemos na casa de uma amiga querida e seu único defeito era um sotaque paulista que tinha aos 13 anos. Tatiana.
Dari, Tati, Tita, amiga-irmã, camaleoa, bela, indecisa, família, chique, estilosa, inteligente e tão envolvente.
Ganhei dela o meu primeiro afilhado e foi um dos momentos em que me senti mais importante nesta vida!
Eu e Tati temos uma longa história de amor. Tivemos nossa fase 24 horas juntas e dela surgiram tantas generosidades que eu jamais conseguirei retribui-las. São tantas histórias que daria um livro escrito a quatro mãos, quem sabe um dia? Tati, minha darizinha apaixonante.

Parte 2 - Adolescência e pós adolescência



Que menina linda!!! Rosto perfeito e os cabelos maravilhosos, além do mais dançava muito e já tinha namorado. Frequentávamos as mesmas matinês de um clube no Leme. Flavinha.
A Flávia é um doce de pessoa e aos meus olhos uma pessoa capaz de superar todas as dores. Forte, loura fatal, linda, companheira e mãezona de quatro meninas! Já a vejo como um ser superior por tamanha coragem. São muitas histórias, risadas, compartilhamentos, ideias afins. Inesquecível nosso show do Eric Clapton, não sabia se ria ou me preocupava com ela.  Minha amiga querida e fatal.


***

Era um dos meus primeiros empregos e só nos falávamos por telefone, mas já devíamos sentir alguma afinidade. Alguns meses depois nos conhecemos e foi um presente da vida ganhar a Cláudia como amiga.
Por anos, nos falamos diariamente, dividimos muitas confidências e conselhos. Ela é uma daquelas amigas em que a lealdade é seu lema. Nunca conheci na vida pessoa tão generosa e disponível para o que der e vir.
Eu achava o máximo ela ter filhos e não ser aquelas mães que só falam da cria. Eu sempre pensava que queria ser como ela quando tivesse os meus.
Esta amiga tem lugar cativo na minha vida e, de preferência, com uma taça de champanhe.

Um comentário:

  1. Dari, suas palavras tocaram meu coração com uma doçura sem fim. Apesar de ter certeza sobre nosso amor mútuo, conhecer através das suas palavras tiveram um encantamento especial. Muito bom saber que de alguma forma fui um bom exemplo e aproveito pra te dizer que vc é uma das maiores referências da minha vida: honestidade e abnegação sem fim. Posso te afirmar que a tal generosidade q vc viu em mim, eu enxerguei e ainda enxergo em vc e esse com certeza é seu maior trunfo: vc faz o bem sem olhar a quem. MUITO ORGULHO DESSE CONVÍVIO, DE VIDAS PASSADAS E DA ETERNIDADE. BJS,

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