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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Eu lembro da sua tatuagem, mas não lembro de você.




Eu, como muitos brasileiros, não alterei meu endereço no TRE e continuo votando onde morei a maior parte da minha vida. É sempre um bom pretexto para visitar minha mãe, rever algumas amigas e acreditar que nunca serei chamada para ser mesária agindo desta forma. Parece até que o TRE tem um sistema que ele pune os que atualizam seus endereços! Seja lá o que for, não arrisquei. Ainda.

Um amigo de adolescência que também vota na mesma seção que eu comentou: "Sempre é bom dar uma olhada, também, nas pessoas e nos nossos ídolos da época. Todos envelhecendo e alguns tão acabadinhos, estamos bem, Lívia".

Pensei que ele estava coberto de razão. Muitas beldades ganharam peso, envelheceram mal. Só que lá dentro ouvi uma voz: "Você, também, querida! "

Digamos que fui votar meio disfarçada, pois o medo falou mais alto.

Quando tinha 16 anos fiz minha primeira tatuagem: local virilha. Ali eu considerava um lugar seguro, pois seria uma região "livre" do envelhecimento, fora que poderia estar escondida quando eu bem quisesse. Bom argumento. Não foi bem assim que a região se transformou e muito menos a tatoo... Porém, lembro de outras meninas que faziam nos seios, na bunda, na barriga, pernas.

A cena das ninfetas na praia com seus corpinhos em dia, tatoos moderninhas e ousadas ainda é recente na minha memória e eu lá inserida no grupo sorrindo, exibindo-me.


Imaginem a cena 20 anos depois. E mais 20?
















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