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sábado, 11 de agosto de 2012

A busca


O que será que movem as relações?

O que nos prende de fato ao casamento? São valores familiares incrustados ou a dependência em todas as suas facetas?

O ser humano nasce e morre só, porém, passa a vida toda desejando dividi-la com alguém.

Por que estamos sempre buscando no casamento uma felicidade plena? Alguém é tão feliz assim?

Por que tentamos mudar o outro de todas as formas para que ele se assemelhe ao nosso modelo de perfeição? De onde tiramos tanta arrogância e prepotência achando que um dia conseguiremos? Por que a nossa linha de pensamentos é sempre a mais coerente e acertada? Não seria mais fácil optarmos pela arte do bom combate? Simplificando e aceitando as limitações e esforço do outro assim como afastando desta relação nossos inúmeros medos.

Relacionamentos tendem a fracassar cada vez mais, mas há algo dentro de cada um que nos faz insistir nos acertos constantes. Somos obcecados em fazer dar certo.

Não sou daquelas que desacredita no casamento, ao contrário, pois eu acredito, desejo-o e aposto alto. Porém, como em todo jogo nunca teremos a certeza do placar final enquanto durar a partida.

Como dizem os franceses: "Courage!"

Um comentário:

  1. A (in)felicidade no casamento ou em qualquer outra instituição, me parece, só a pontinha do iceberg. Às vezes, acho que não podemos ficar plenos porque ainda não nos livramos do sofrimento, como base da condição humana. Quando observo os meus atos, me impressiono com a quantidade de vezes que corroboro com/para o sofrimento... O estado do casamento só pode ser um reflexo da realidade interna. Bon courage. Bisous.

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