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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

envelhecer

Cada dia são lançados tratamentos e cremes que prometem fazer-nos parar no tempo.

Eu, como devota de cremes e boa consumidora que sou, compro as ideias e esvazio prateleiras deles. São para diversas rugas (é isso mesmo, temos rugas de vários tipos), para atenuar olheiras, para diminuir rugas de expressão (outro tipo de ruga), para dar mais flacidez ao rosto, para diminuir gordurinhas nada bem vindas, para celulite (de acordo com o grau dela), para disfarçar estrias, para deixar as mãos mais macias, para fortalecer as unhas, para usar antes e após a depilação. Um leque de opções. Basta escolher.

Compro o pacote completo: creme-solução-milagrosa-sem esforço=juventude.

Como gostaria de ser menos escrava da vaidade!

Por que nunca estou feliz com o que vejo no espelho? Por que há dias em que nada me cai bem e há outros em que acordo bonita? Por que acho sempre que não tenho roupa? Por que acho que meu estilo está muito sem estilo?

Será que sofro de nostalgia ou tenho medo da finitude pessoal? O que estou tentando adiar, algo inadiável?

Não sei até que ponto a vaidade é apenas um prazer pessoal ou se é uma camuflagem do que nos espera lá na frente, como se existisse um freio temporário.

Deixo esta questão para Freud. Como diz a minha mãe: " Só Freud explica".

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