
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
É natal

terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Envelhecer com dignidade

Reli o texo e achei tão unfair com as outras senhorinhas mais vaidosas. Seria indigno pintar os cabelos brancos, darem uma puxadinha aqui e outra acolá ou estarem com implantes de silicone aos 65 anos?
Às vezes, parece que estamos numa areia movediça mas filosofo, sempre, pensando que as perdas estão presentes em todas as fases da vida.
Não sei que tipo de senhora vou me tornar.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Reflexões de divã

terça-feira, 12 de outubro de 2010
Apenas uma horinha

sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Eu lembro da sua tatuagem, mas não lembro de você.
Um amigo de adolescência que também vota na mesma seção que eu comentou: "Sempre é bom dar uma olhada, também, nas pessoas e nos nossos ídolos da época. Todos envelhecendo e alguns tão acabadinhos, estamos bem, Lívia".


A vida sempre vale a pena.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
A simplicidade da vida

Hoje, pude almoçar com meu filho mais velho e depois levá-lo à escola.
Uma das coisas que mais me dá prazer é passar algum tempinho com meus filhos e observar a forma como eles reagem perante o mundo ao seu redor.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Decadénce avec élégance

Prefiro a hipocrisia americana e europeia dos caixas de supermercados que sempre abrem um sorriso e um automático "bom dia", mesmo sem vontade de dizê-lo. Sinto-me mais bem vinda em uma atmosfera dessas.
Pra mim ser chique é falar baixo, não ser extravagante, nem grosseiro, cumprimentar todos do ambiente de trabalho, tratar bem o porteiro, a recepcionista, o motorista de taxi, usar "por favor", "obrigada", dar "bom dia" às pessoas, ser atencioso, lembrar dos aniversários dos amigos, agradecer pelos presentes recebidos,valorizar amigos e família.
Não basta vestir um Armani e sair por aí falando mil palavrões impronunciáveis e com posturas nada éticas. Fico muito incomodada ao ver os programas políticos, aliás sempre de total deselegância, e ainda perceber que eles estão mais preocupados em criticar os concorrentes do que nos mostrar algum possível projeto. Se bem que já faz alguns anos que não aposto mais neles. Dói muito, ver candidatos sabidamente corruptos de volta ao cenário. Não entendo para onde foram os bons modos.
Ser elegante mesmo é conseguir ter educação e ética.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Indecisão

Sem papas na língua: Estou de volta após uns dias de descanso em famíl...
Estou de volta após uns dias de descanso em famíl...: "Estou de volta após uns dias de descanso em família. Se bem que férias com crianças não são férias de verdade, não é? Se há algo em minha p..."
terça-feira, 20 de julho de 2010

quinta-feira, 1 de julho de 2010
Borboletando

Uma amiga sugeriu de fazermos uma borboleta. Borboleta? Nossa, nunca pensei nela no meu corpo, aliás como diria qualquer vovozinha: "já tenho a minha".
Sempre associei este inseto à liberdade de poder voar para onde bem entendesse e a hora que desejasse. Como posso ter uma tatuagem dessa se optei por uma vida oposta? Tenho filhos que dependem de mim e ainda tenho marido! Esta vida não me permite alçar um voo pra bem longe, meus elos são de aço. Decidi que minha amiga, loura, precisa refletir nesta tatuagem, afinal estamos no mesmo barco, oops! No mesmo avião. Nossos voos são nacionais e todos com escalas e conexões. Acho que devemos fazer é uma tatoo de um xadrez e com direito as nossas carinhas sorrindo lá dentro.
Preparo minha defesa para poder ter argumentos quando descubro que no Japão a borboleta está associada à mulher, à metamorfose de seu ovo para lagarta e depois para crisálida e finalmente borboleta. Indica as etapas da alma para a iluminação. E duas borboletas juntas indicam felicidade matrimonial.
A cultura japonesa mudou a minha ótica. Viva a borboleta!
A borboleta é, também, um inseto que se deu bem, pelo menos no quesito aparência já que é prima da barata.
Como dizem algumas amigas de garfo: "Lívia se deu bem". Se esta máxima for verdadeira quero não apenas uma, mas duas borboletas em mim.
terça-feira, 22 de junho de 2010
Paixão

A paixão pode ser um "sedativo" que suscita num prazer admirativo pelos detalhes da pessoa amada. Parece um "vício" que debilita a mente do indivíduo pois o foco é somente a pessoa amada, sendo todos os outros momentâneos e irrelevantes.
Passada a fase inicial de encantamento, quando tudo fica menos embassado, os defeitos se sobrepõem às qualidades. Demoramos um tempo para sermos nós mesmos, novamente.
domingo, 13 de junho de 2010
Copa do Brasil

É certo que não temos os jogadores mais belos e nem sempre as pernas mais desejadas, mas na hora do jogo admiramos a beleza dos adversários maquiada pelo nosso futebol tão comentado mundo afora.
Em Copa do Mundo sou brasileiríssima. Uso camisa da seleção, enfeito a casa, sou anti-hermanos, vibro e sofro em cada partida e acredito que seremos os campeões. Chego mesmo a acreditar que Deus é brasileiro.
Vive le Brésil! Oopssss... Brasil!
Guapos

quarta-feira, 9 de junho de 2010
Em torno do pescoço




Voltei após semanas de intenso trabalho. Andava sem tempo como nunca.
Sinto um peso enorme nos meus ombros e muitas vezes acho que
não vou dar conta de tudo. A jornada dupla é devastadora. Se por um lado o amor pelos filhos é inenárravel o mesmo não ocorre com o trabalho que temos com eles. É muita dedicação. Entrego minha vida.Deixando esses questionamentos de lado, o frio nos faz parecer mais belas. Adora o clima inverninho. A pele fica mais bonita, os cabelos mais saudáveis e podemos usar e abusar de estilos. Caprichamos mais nas produções e cada vez surgem mais opções de acessórios, esmaltes e maquiagens.
Divido com vocês estes acessórios indispensáveis nesta saison com suas
multifacetas. Finalmente, nós brasileiras, descobrimos os cachecóis, lenços e pashiminas.
Profitez bien, les filles!
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Cantadas

quarta-feira, 12 de maio de 2010
Novelas

quarta-feira, 5 de maio de 2010
Pequenos consumidores

segunda-feira, 3 de maio de 2010
La cuisine

Fiquei vários dias inspiradíssima na cozinha até que uma forçada dieta me fez voltar ao mundo real: sem manteiga e sem glamour.
Recentemente, estreou o novo programa do Troigros : "Que Marravilha" em formato reality show. Vários telespectadores mandam E-mail e ele ensina no ar uma receita a este sortudo. Aulinha particular com direito a compras na feira com ele! Uh la la.
terça-feira, 27 de abril de 2010
Solidão

quinta-feira, 15 de abril de 2010
La vie

Foi sofrível demais!!! Comecei a me reconhecer naquelas imagens, como eu era magérrima e sem rugas! Como pode? Tudo ainda recente demais na minha memória.
Vi fotos, também, da minha lua de mel e surpreendi-me ao ver que estamos caminhando para o "envelhecermos juntos", ora não era esse nosso desejo? Já não somos mais aqueles das fotos. Mudamos.
Ontem, tive meu primeiro filho. Hoje, já sou mãe de dois garotinhos. Não senti o tempo passar, todavia ele me presenteou com rugas, quilos extras e um certo cansaço.
Vejo-me mais madura em todos os sentidos e o mais irônico é que repito frases que minha mãe me dizia na infância. Tornei-me um pouco Ana Tereza.
A vida parece mesmo se repetir.
Obviamente, fechei a caixa por prazo indeterminado.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Ilhada em casa
No primeiro momento, até achei bom ficar em casa e tirar um dia de folga com barulinho de chuva. Delícia!!! Segui à risca a recomendação do nosso prefeito e finquei o pé em casa. Controle remoto na mão e lágrimas caindo ao ver tanta gente perdendo suas vidas, famílias e moradias.
Quando me dei conta estava com a pia lotada de louças, a casa uma zona e a fome surgindo. Aprendi uma coisa: Por pior que seja sua empregada é sempre muito pior sem ela!!!
Tive que arregaçar as mangas e me tornar a doméstica do meu lar e obviamente com meu "patrão" apenas observando.
A chuva não cessou. A noite chegou e a surpresa da manhã de hoje: estamos ilhados! O único caminho que nos levaria à civilização virou um grande rio profundo.

Que saudades do meu trabalho. Já não aguento mais cozinhar, lavar louça e imaginar quantos dias ainda estaremos presos. Aqui não tem prova da comida, ainda. Mas se a situação permanecer assim...
Confinamento só deve ser bom quando tem 1 milhão de reais em jogo, um monte de gente sarada com festas intermináveis e sem crianças, claro!
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Chocolates de Páscoa
Estou eu em plena segunda feira, pós feriado, sofrendo e planejando perder cada grama excedido nesta Páscoa. Pensando bem não pequei, apenas entrei de boca aberta na tradição...
Divido com vocês um texto que conta o surgimento deste hábito "tão saudável".

O hábito de dar ovos de verdade vem da tradição pagã. O hábito de trocar ovos de chocolate surgiu na França. Antes disso, eram usados ovos de galinha para celebrar a data.
A tradição de presentear com ovos - de verdade mesmo - é muito, muito antiga. Na Ucrânia, por exemplo, centenas de anos antes de era cristã já se trocavam ovos pintados com motivos de natureza - lá eles têm até nome, pêssanka - em celebração à chegada da primavera.
Os chineses e os povos do Mediterrâneo também tinham como hábito dar ovos uns aos outros para comemorar a estação do ano. Para deixá-los coloridos, cozinhavam-nos com beterrabas.
Mas os ovos não eram para ser comidos. Eram apenas um presente que simbolizava o início da vida. A tradição de homenagear essa estação do ano continuou durante a Idade Média entre os povos pagãos da Europa.
Eles celebravam Ostera, a deusa da primavera, simbolizada por uma mulher que segurava um ovo em sua mão e observava um coelho, representante da fertilidade, pulando alegremente ao redor de seus pés.
Os cristãos se apropriaram da imagem do ovo para festejar a Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus - o Concílio de Nicéia, realizado em 325, estabeleceu o culto à data. Na época, pintavam os ovos (geralmente de galinha, gansa ou codorna) com imagens de figuras religiosas, como o próprio Jesus e sua mãe, Maria.
Na Inglaterra do século X, os ovos ficaram ainda mais sofisticados. O rei Eduardo I (900-924) costumava presentear a realeza e seus súditos com ovos banhados em ouro ou decorados com pedras preciosas na Páscoa. Não é difícil imaginar por que esse hábito não teve muito futuro.
Foram necessários mais 800 anos para que, no século XVIII, confeiteiros franceses tivessem a idéia de fazer os ovos com chocolate - iguaria que aparecera apenas dois séculos antes na Europa, vinda da então recém-descoberta América. Surgido por volta de 1500 a.C., na região do golfo do México, o chocolate era considerado sagrado pelas civilizações Maia e Asteca. A imagem do coelho apareceu na mesma época, associada à criação por causa de sua grande prole.
quarta-feira, 31 de março de 2010
Feliz ano novo, de novo!

Já tivemos o reveillon, o carnaval, volta às aulas e agora o fim do BBB10. O ano começa de verdade.
Confesso que fico aliviada em saber que não vou mais perder meu tempo ouvindo o Bial contar suas longas crônicas para descrever cada participante. Como ele se tornou tão mala? Minhas horas de sono voltarao a ser equilibradas. Meus ouvidos também agradecem por não terem mais que escutar tanta bobagem dita naquela casa com gritos de histerismo e acompanhados de inúmeros barracos. Certamente, minhas enxaquecas diminuirão. Meu Deus, quanta mulher barraqueira no mesmo ambiente!
Porém, já vislumbro um vazio nas minhas conversas com os amigos, afinal, o assunto já fazia parte do meu cotidiano. Estava viciada no programa. De quem vou falar mal com o aval de todos? Como vou poder criticar tanto uma criatura sem ser tachada de venenosa? Com quem mais vou poder analisar os invisíveis defeitos nos corpos de tantas beldades?
A partir de hoje, começo minha meditação e transformação: Amo todas as pessoas!
Ai que vazio está me dando...
segunda-feira, 22 de março de 2010
Outono

É sempre assim: Anuncia-se a chegada do outono e entra alguma frente quente como se quisesse desafiar a nova estação.
Ai que vontade de sentir o vento, olhar o céu cheio de nuvens, caminhar por cima da linda folhagem estalando sob meus pés e de admirar o por do sol colorido desta estação.
A luz rasante de fim de tarde que atravessa a folhagem seca das árvores dá um toque de magia. O cenário é convidativo.
Outono inspira romance.
Seja muito bem vindo!!!
quarta-feira, 17 de março de 2010
Nostalgia

Nostalgia s.f Melancolia, tristeza causada pela saudade/saudade do passado, de um lugar.
Dicionário Aurélio
Sou da época de "Menina veneno", "Kátia Flavia", dos festivais de música com nomes de marcas de cigarros, do Rayto del sol, da calça Philippe Martin, da matiné da Help, da lambada, do Banana Café, do Resumo da Ópera, Trap, Sweet Home. Ploc total.
Foi ali que soube que o mundo era meu e sem esforço. Tudo era uma grande descoberta, uma aventura. Não queria mudar o mundo. Desejava viver intensamente cada segundo da minha existência, o resto eu tinha certeza que viria.
Sempre imaginava que a vida de um roqueiro famoso deveria ser o máximo: Liberdade com assédio das fãs. Que delícia viver sem limites e ainda de quebra viajando para todo canto do mundo com a mulher que quisesse! Quase um acertador da mega-sena aos meus olhos de aspirante à mulher.
Anos antes, brincava de bonequinha de papel com minha amiga inseparável e já tínhamos uma certeza: nos casaríamos um dia, seríamos ricas e felizes. Só nos esquecemos de pedir a fórmula.
Décadas depois, entendemos que a vida era uma batalha diária em uma gangorra. Perdemos aquela ingenuidade da infância, os sonhos tornaram-se mais concretos, os medos infinitos, ficamos mais seletivas e exigentes. Ganhamos a hipocrisia da vida adulta e tentamos nos convencer que estamos em nossa melhor fase.
Estamos ainda aprendendo a viver, embora com mais conquistas e realizações.
sexta-feira, 12 de março de 2010
Adornos essencias

Percebi, hoje, que nunca sobreviveria em uma ilha deserta. Lá no fundo, já tinha minha desconfiança.
Não apenas pelo meu jeito nada aventureira, mas principalmente por não saber viver sem meus adornos essenciais.
Minha mãe me conta que saí da maternidade de brincos. Desconfio que a partir dali eu já fazia parte de alguma comunidade "meninas de brincos". Só fico sem eles para dormir e ainda assim há dias em que ficam coladinhos no meu travesseiro.
Já não sei mais a cor natural do meu cabelo e nem quero saber!Também não tenho ideia de como eram minhas sobrancelhas antes de fazê-las, nem imagino quantos centímetros de pelos teria nas minhas axilas se não existissem depilação ou simples giletes e faz muito tempo que não vejo minhas unhas sem esmaltes, será que ainda são transparentes?
Meu Deus, sou uma verdadeira farsa!
Ilha deserta não serve mesmo pra mim e se ainda estivesse acompanhada, arrumaria uma burca onde apenas meus olhos pudessem ser vistos.
Por conta dos meus 5 minutinhos a mais que ganho na minha cama quentinha, acabo saindo apressada e deixo para me maquiar no carro. Esta manhã, consegui passar o blush e rímel ainda em casa e por esta razão devo ter esquecido minha inseparável e amada necessaire. Só me dei conta no caminho ao olhar para o retrovisor com intuito de passar meu gloss e vivi a horrível experiência da separação.
Constatei que sou dependente de gloss!
Naquele instante, experimentei o sofrimento da abstinência: tremores, mal estar e acima de tudo me sentia uma mulher incompleta sem meu gloss. Entrei numa drogaria perto do tabalho que sequer vendia um batonzinho, continuei a saga. Estava disposta a comprar qualquer marca, nem que isso me levasse ao atraso. A causa era justa.
Cheguei ao clímax ao avistar uma marca desconhecida: "lábios volumosos". Apenas espero que meus lábios não fiquem como os da Donatella Versace até o fim do dia.
segunda-feira, 8 de março de 2010
Mulherzinha, sim!
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Mulher tem que ser mulherzinha. Tem que ter uma certa vaidade, seguir a moda,ter medinho, usar brincos, batom, fazer depilação, fazer biquinho e ser feminina.
Por mais espaço que tenhamos conquistado nas últimas décadas não sou a favor da igualdade total. Cada um no seu quadrado!
Tenho a teoria que para ganharmos, perdemos muito também. Nossas conquistas são grandes: estamos mais presentes no mercado de trabalho, nas universidades, somos mais independentes, mais autoritárias e nossa opinião ganhou maior espaço na sociedade. Porém, acumulamos cada vez mais funções na nossa jornada mãe-mulher-profissional. Não conseguimos ser nem mães e nem profissionais 100%. Até quando aguentaremos todo este peso nos ombros? Alivie-o um pouco, de preferência, sem a nossa conhecida culpa.
Deixe o homem trocar a lâmpada, o pneu do carro, ir ao mecânico, pagar o restaurante, fazer orçamento familiar e de quebra faça-o compreender de vez alguns gastos essenciais de mulherzinha.
Hoje, após receber inúmeros "parabéns pelo seu dia", rendo-me para desejar a nós, mulheres, não apenas um dia especial, mas que possamos escrever nossa história com toda sutileza e merecimento de uma mulher.
Se pudesse voltar atrás, o que mudaria na sua vida?

Quem nunca se fez esta pergunta antes?
Mudaria muitas escolhas que me levaram a estradas mais árduas. Deixaria de lado algumas desavenças e ficaria mais focada nas oportunidades que posso ter deixado passar.
Não acredito na hipocrisia humana quando responde: "nada". Ou frases à la BBB: "faria tudo de novo".
Sempre há uma decisão a ser revista.
Só hoje sou capaz de idolatrar a maturidade adquirida, lamento apenas que ela não caminhe de mãos dadas com a juventude. Esta é a penalidade da vida.
Graças ao amadurecimento, pude perceber que nada é em vão. Sempre ganhamos muito com as perdas, por mais paradoxal que seja.
Fazendo uma auto-análise, no final das contas, ganhei muito mais do que perdi. Lá na frente, no final do meu trajeto, espero poder repetir este resultado e com muito mais sabedoria.
terça-feira, 2 de março de 2010
Cinco minutinhos

Sempre preciso de mais cinco minutinhos.
Acho uma crueldade existir despertador, pior ainda é termos horário para tudo! Sofro da síndrome de apego a minha cama quentinha e gostosa.
Um dia "normal" deveria ser diferente. Eu acordaria quando meu corpo desejasse, então, calmamente, leria o jornal na cama, acompanhado de um café da manhã de hotel e com meu marido me olhando apaixonado... Oops! Voltei a ser princesa.
O mundo real não é assim, pelo menos não para mim. As listas do meu dia são longas e sou adepta a elas: listas de "to do", de compras, de problemas, de possíveis soluções, de filmes a serem vistos. Porém, odeio agenda e relógios. É muita pressão viver assim.
Não suporto perceber que estou sofrendo por ansiedade, evito este confronto. Atualmente, a minha ansiedade "more" é colocar um botox e preencher uma ruga mãe que se afeiçoou a mim. Garanto a vocês que não há meditação ou terapia capazes de resolver este problema número 1 da minha lista do dia.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
E o ano começa

Agora o ano começa mesmo. Os próximos feriados só em abril, tem noção?
Vivo para os feriados.
Meu Deus isso é normal? Espero que seja, caso contrário sou o ser mais cansado deste planeta...
Talvez, não seja cansaço não, seja exaustão ao calor. Como odeio com todas as minhas forças o verão 40º. Sei que este assunto está repetitivo para os ouvidos cariocas e eu, como boa carioca, sou a primeira a reclamar do calor a cada manhã, mesmo passando a maior parte do dia no ar condicionado.
Vivo cheia de ácidos no rosto, como posso me arriscar pelo sol escaldante? E há coisa mais desagradável do que suor?
As roupas de verão, também, me cansam rapidamente, assim como as sandalinhas rasteiras que já andam sozinhas pela cidade. Os cabelos, ficam tão sem graça, a pele ganha um brilho estranho e de brinde umas manchas do sol.
Já sei que além d'eu reclamar do verão vão dizer que nem pagode e samba eu curto. Carioca muito esquisita eu!
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Avec plaisir

Tenho algumas paixões. Uma delas é a culinária e todo o prazer por tras dela. Amo cada detalhe: escolher receitas, ler livros de culinária, comprar os ingredientes num mercado bacana ou numa feira, elaborar os pratos e sentir uma imensa satisfação em degustá-los. Sou a chef da minha cozinha.
Adoro descobrir restaurantes e testar novos sabores. Sempre fui meio gulosa e minha mãe minha referência em comida. Cozinha bem e gosta muito de nos unir desta forma. Acho que as mães são verdadeiras sábias. Elas conseguem ser boas em tudo e nos fisgam pela boca.
Gosto de estimular meus filhos a terem prazer na alimentação e jantamos sempre juntos. Ali é o nosso momento. Ali é um pedacinho da nossa vida.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Na corrida para o Oscar, fico fazendo lista dos filmes que quero assistir antes da entrega da premiação. Mantenho esta rotina há muito tempo e este ano não tem sido diferente.
Vi dois filmes que gostei muito: Invictus e Preciosa. Ambos com ótimas atuações e com o poder de tocar a fundo nossa alma.
São histórias densas e de vida. Como alguém pode achar que tem problemas ao ver esses exemplos? O que significa passar 27 anos preso e sair dali com total abnegação e amor ao próximo?
O que é querer dar amor sem nunca ter tido? O que é ter um pai que só te fez mal e ainda assim sua mãe desejá-lo mais que tudo?
E quando achamos que o fundo do poço chegou só que ele é tão profundo que nem vemos o fim.
Sinto-me uma pessoa minúscula, cheia de preconceitos, de verdades e de superioridade ao me comparar com Mandela ou à personagem de Preciosa.
É sabido que daqui nada levaremos, mas o que deixaremos? O que podemos fazer ainda nesta vida?
Algumas respostas conhecemos. O grande desafio é colocarmos em prática o desapego e acreditarmos na nossa capacidade de virar o jogo.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
OFF

Invejo a capacidade dos homens de se desligarem do ambiente.
Já repararam que a casa pode estar pegando fogo com crianças pulando, gritando e brigando, mas eles conseguem ler o jornal sentados no sofá como se nada tivesse acontecendo ao redor?
Como eles conseguem ir ao banheiro e esquecerem que existe vida do lado de fora daquela porta?
E quando assistem aos programas esportivos? Tudo que falamos naquela hora torna-se apenas um zumbido em seus ouvidos.
Como eles conseguem falar ao telefone como se estivessem sozinhos em casa?
Eles devem ter um botão OFF. Nós temos defeito de fabricação, afinal nosso ON está sempre ligado.
O jeito é aguardar o nosso recall, meninas!
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Carnaval
A contagem é regressiva e a sensação de "posso tudo por quatro dias" é geral.
Porém, estou aqui para lembrar que só mesmo quem não tem filhos entra neste clima. O restante está buscando bailinhos infantis ou lugares com muito ar condicionado para descansarem, se isso for possível com crianças pequenas.
A vida que tinhamos antes dos filhos acabou mesmo.
Mas, a ótica é outra, mudamos a perspectiva.
Se pensarmos mais no que ganhamos do que no que perdemos podemos encontrar um melhor equilíbrio e transformar nossa vida numa grande comédia ou num inferno.
A rotina é pesada, nos sentimos fora de forma, em muitos casos, ao final do dia estamos esgotadas. A pouca energia que nos sobram são para ler histórias para os filhos dormirem.
Nada que valha a pena é fácil. Será que há algo que valha mais a pena do que sermos os melhores pais e esposas?
Crise dos 40

Dia desses, em uma livraria, vi um livro que me chamou atenção: "Para homens na crise dos 40 e mulheres interessadas em compreendê-los".
Relutei em comprar o livro, apesar do tema me interessar bastante.
Na hora, lembrei-me de uma amiga, que adoro, e que sempre tem histórias para contar dos homens nesta tal crise. Fico apavorada.
Na crise, o Gatão da meia idade busca a Chapeuzinho Vermelho e eu estou mais para mãe da Chapeuzinho. Vovozinha é a mãe!!!
Ele carrega, também, a constante lembrança do peso da idade através dos cabelos brancos surgindo, da barriguinha saliente e da pequena distância entre o presente e futuro.
A crise faz com que o quarentão renegue décadas de experiência e comece a ter atitudes estranhas para um homem já maduro.
Além de desfilar por aí com uma Chapeuzinho à tiracolo, começa a tentar recuperar o tempo perdido. Aprendendo a surfar, comprando moto, skate e fazendo viagens esportivas. Como dizia o Chico Anysio "Sou jovem, pô!"
Como tudo tem um lado bom, nesta fase da vida existe o temido exame da próstata. Para felicidade das mulheres que foram atingidas pela crise, mesmo por marolinha.
Li uma vez que o governo ia criar um decreto obrigando os homens a fazerem o tal exame aos 40 anos de idade.
A fiscalização poderia ser como uma blitz da Lei Seca:
"Tem mais de 40? Pode arriar as calças e mostrar a identidade".
Aos que fossem pegos sem o comprovante do exame aumentariam o número de dedos a serem usados no próximo.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Pequenos prazeres
Perdemos muito do nosso tempo reclamando da nossa rotina e muitas vezes ofuscamos a nossa empolgação de viver.
Tem coisa melhor que chegar em casa e ser recebida com um sorriso e abraços apertados dos filhos que sentiram nossa falta durante o dia?
Existe algo mais compensador do que após um dia de trabalho poder jantar com sua família reunida?
E quando nos sentimos tristes termos no nosso companheiro a compreensão e carinho;
Poder ficar abraçadinhos vendo um programa de TV sem a menor pretensão;
Ir ao cinema de mãos dadas;
Encontrar amigos;
Comer uma sobremesa bem gostosa;
Ouvir música;
Andar sem pressa;
E acreditar que escolheu a pessoa certa para dividir sua vida com você...
O amor é mesmo mágico. A família que formamos faz parte de uma história de amor.
O final feliz depende de como cada um conduz a sua vida.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Weekend
Dois dias de descanso e de estudar as melhores programações para o final de semana. Ficar deitada a dois até a hora que o corpo mandar, escolher um restaurante favorito,ir ao cinema ou teatro, ir à praia quando der vontade, ver amigos, fazer unhas, tomar um porre. Que delícia!!!
Se não fosse um pequeno detalhe: Isso foi na vida anterior a esta, antes dos filhos. Como diz meu marido: "morremos ainda nesta vida".
A sexta-feira serve como alerta aos nossos ouvidos: o pior da semana está ainda por vir.
A programação é intensa e imposta em função dos mini Deuses de cada lar: Muitas festas infantis com um barulho insuportável e acompanhadas de frituras bem engordativas, sol nos períodos em que as pessoas normais ainda dormem, cinema infantil, claro! (ali talvez eu consiga dar uma cochilada), piscina lotada de amiguinhos bem barulhentos te jogando água, teatrinhos insuportáveis e restaurantes que tenham uma jaula para nossas ferinhas, pois a comida é o menos importante neste momento, precisamos apenas tentar uma alimentação para sobrevivência.
A sensação é unânime temos dois empregos em período integral quando os filhos vem. A
segunda-feira nunca foi tão bem vinda.
Ajuda

Como dizia a música da Rita Lee "mulher é bicho esquisito..." e somos mesmo!
Já repararam na facilidade que temos em culpar o outro no nosso dia-a-dia?
Se por um lado nos sentimos sobrecarregadas e tendo que rebolar para dar conta das nossas mil funções, por outro nunca achamos que eles são bons o suficiente para nos substituir. Somos centralizadoras demais, mulheres!
Um exemplo clássico: Tornamo-nos mãe. No início é pauleira e, muitas vezes, tudo novo. Acordar à noite para amamentar, trocar muitas fraldas, limpar vômito,lavar mamadeiras. Fedemos a leite, somos apenas mãe nesta fase da vida. Mas, sentimos vontade de ir ao banheiro, de tomar banho, de nos alimentar e de dormir. Tudo parece difícil. Por alguns momentos, temos medo da nossa vida ser assim para sempre.
Criamos grandes expectativas em cima do marido e agora pai. Achamos que ele não pode ser tão desumano conosco, afinal, ele "entende" nosso cansaço físico e dedicação total. Porém, em muitos casos é preciso um empurrãozinho para termos a tão esperada ajuda masculina.
Vemos o pobrezinho do pai querendo ajudar a dar um banho ou mesmo trocar uma fralda ou vestir o bebê. Como reagimos na maioria das vezes? Em geral, de forma negativa. Como um pai muito sem jeito ou ainda sem o ritmo do bebê ou mesmo sem noção.
Às vezes, tenho pena dos homens. Não é fácil lidar com seres que sofrem de constantes alterações hormonais.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
envelhecer
Eu, como devota de cremes e boa consumidora que sou, compro as ideias e esvazio prateleiras deles. São para diversas rugas (é isso mesmo, temos rugas de vários tipos), para atenuar olheiras, para diminuir rugas de expressão (outro tipo de ruga), para dar mais flacidez ao rosto, para diminuir gordurinhas nada bem vindas, para celulite (de acordo com o grau dela), para disfarçar estrias, para deixar as mãos mais macias, para fortalecer as unhas, para usar antes e após a depilação. Um leque de opções. Basta escolher.
Compro o pacote completo: creme-solução-milagrosa-sem esforço=juventude.
Como gostaria de ser menos escrava da vaidade!
Por que nunca estou feliz com o que vejo no espelho? Por que há dias em que nada me cai bem e há outros em que acordo bonita? Por que acho sempre que não tenho roupa? Por que acho que meu estilo está muito sem estilo?
Será que sofro de nostalgia ou tenho medo da finitude pessoal? O que estou tentando adiar, algo inadiável?
Não sei até que ponto a vaidade é apenas um prazer pessoal ou se é uma camuflagem do que nos espera lá na frente, como se existisse um freio temporário.
Deixo esta questão para Freud. Como diz a minha mãe: " Só Freud explica".
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Perdoando a traição
A mulher, em muitos casos, perdoa a pulada de cerca do companheiro.
As motivações são individuais, porém quase todas assumem uma "mea culpa" ou até mesmo culpam-se totalmente:
"Não tenho sido uma boa mulher para ele, estou muito mãe"; "Não tenho mais tido tempo para nós dois, mal olho para meu marido"; "Tenho pouca vontade de transar, vivo exausta. Quem dirá trepar!"; "Tornei-me muito ranziza"; "Parei de me cuidar, só engordei nos últimos anos"; "Meu marido se tornou minha última prioridade" e por aí vai.
A família tem peso dois na vida da maioria das mulheres,sendo assim, toda mágoa e dor de uma traição são repensadas e relevadas, pois há muito em jogo. O sexo feminino passa a vida sabendo que um dia terá marido e filhos. Estão todas preparadas para um caminho diferente desse? Quantas sabem lidar com esse grau de frustação imposto pela nossa sociedade?
Mulheres são complexas. Os homens são mais simples e pragmáticos.
Quando o homem é traído, ele assume que aquela mulher não vale a pena. Eles são machistas demais, em sua maioria, para aceitarem um deslize desses.
No fundo, todos estão em busca da felicidade. Não importa como. Só desejam tê-la intensamente.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
A maternidade
Sentia uma mistura de ansiedade, medo e euforia. Finalmente, ia ver o rostinho do meu primeiro filhote que "choquei", com amor, por 9 longos meses.
Na ida para sala de parto, eu me perguntava como tudo seria a partir dali. Só lembrava das mensagens otimistas da minha mãe e das minhas amigas. Pensei: "vai dar tudo certo!"
Ver meu filho pela primeira vez foi perceber naquele momento que ganhei mais um título: mãe. Soube ali como já o amava.
Como a força da maternidade conseguia ser maior que as leis da natureza?
Nunca imaginei um amor tão imenso como aquele.
São muitas abnegações, dedicação e total vivência para um filho. Abrimos mão de tantas coisas, aprendemos a ser altruístas, mudamos os nossos valores, mudamos muito.
Nunca desconfiei que meu sono teria tanta importância na minha vida como hoje.
Nunca pensei que choraria ao levar meu filho à escola pela primeira vez, nem ao vê-lo numa apresentação da escola e, muito menos, quando ele dissesse que me amava.
É amor demais. E apesar de todo o sequestro do meu tempo não imagino sequer minha vida sem meus filhos.
domingo, 31 de janeiro de 2010
Ele vai ligar
Passei meu dia pensando em como foi demais. Não prestava atenção às conversas de casa e muito menos à TV. Comecei a imaginar nossa vida em alguns anos. Um casal apaixonado, o pedido de casamento, a compra da casa, nos filhos que teríamos e em cada momento perfeito que viria.
Cada vez que tocava meu celular, o coração batia forte e eu treinava um "alô" bem casual. Só que não chegava a hora de colocar em prática este treino. Ele não ligava. Por que? Devia estar cansado, afinal nem dormimos a noite toda. Ou quem saiba estaria ocupado em algum evento familiar esperando a melhor hora para me ligar. Ou ainda, ele poderia estar sem bateria no celular.
Aguardarei mais um pouco. Ele vai ligar. Ele disse que ligaria.
Os minutos tornaram-se infinitos. As minhas inseguranças começaram a pipocar na mente. Pensei tanto nas minhas celulites, acho que elas ficaram muito expostas. E os 200 gramas que ganhei esta semana?
Queria ligar para algumas amigas, afinal elas sempre dizem o que quero ouvir. Melhor não ocupar meus telefones, preciso estar livre para ele.
Ai que vontade de ligar.
Os dias passaram e nenhum sinal. Minhas amigas acharam boas soluções para o sumiço dele e eu passarei essa encarnação sem saber porque ele disse que ia ligar e nunca mais apareceu.
Cinquenta anos
Meu jogo é outro.
Vamos, agora, às lindas mulheres da mesma faixa etária: Meg Ryan, Michelle Pfeiffer,Sharon Stone, Stéphanie de Mônaco e tantas outras que causam um ponta de inveja em nossa classe feminina.
Nós, mulheres, vemos o homem desta idade por um todo, como um embrulho a ser aberto. Ao olhar as ruguinhas do rosto, pensamos na experiência de vida que ele tem, na carreira sólida adquirida, no poder, na arte da sedução, nas conversas inteligentes que ele nos proporcionará e em como deve mandar bem na cama.
Um homem desses tem muito a acrescentar e se for um Bruce Willis estamos à beira da perfeição!
Porém, os homens são perversos. Somos vistas como seres perecíveis. Todas com uma data de validade no lote. Não importa quão bela fomos ou ainda somos e nem mesmo se além de lindas aos 50; formos, também, independentes e bem sucedidas profissionalmente.
Um homem de 50, disponível no mercado, não busca esta tal mulher de 50. Está aí toda a perversidade masculina desta idade. Homem tem o tesão visual.Homem quer sexo com espelho e luz acesa. O resto torna-se o resto.
Talvez venha daí a multiplicação de mulheres mais maduras com garotos jovens. Está aparecendo uma nova leva de mulheres no mercado. As que tem um pênis no corpo feminino. Reverência a elas!
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Perdas e ganhos

Ser acordada pelo despertador,cara lavada e sabendo o longo dia que me espera é um pouco desanimador.
Em geral, parto para a Polyana e penso: "Que bom ter um emprego, um marido que amo e filhos saudáveis". E assim levo a vida há muitos anos.
Como gostaria de ter mais tempo para mim. Tantas coisas que ainda quero fazer, livros que quero ler, filmes que quero assistir, receitas que quero experimentar, amigas que quero encontrar.
Quando foi a última vez que fiquei de pernas pro ar com controle remoto na mão? Quando foi a última festa que fui sem me preocupar com o dia seguinte?
Ganhei outra vida ainda nesta vida. Não há tempo para lamentações, os ponteiros estão girando. A perda e o ganho estão sempre unidos e dando um sorrisinho irônico pra gente.
Solidão na vida a dois
Por que as pessoas chegam a este ponto? Ainda pior, por que elas mantem relacionamentos assim? Por puro comodismo? Dependência? Baixa auto estima?
Claro que existindo crianças na casa, haverá sempre a falsa impressão de falta de solidão e de tempo preenchido.
O que buscamos num companheiro? Amor, carinho, compreensão, companheirismo, afinidade, sexo, aconchego. Como podemos aceitar menos ou parte disso?
Precisamos acreditar mais no nosso taco, ter mais amor próprio e independência.
A primeira lição a ser aprendida é que não dependemos de alguém para sermos felizes.
Não vale a pena desperdiçar juventude ou anos desta vida já tão curta em um relacionamento falido.
É preciso se dar a chance de encontrar a tão sonhada felicidade a dois ou mesmo a felicidade de estar bem consigo mesmo.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Entendendo os homens
Nós, mulheres, carregamos a fama de sermos geradoras de discórdias, encrenqueiras, complicadas e muito mais.
Porém, analisando o sexo oposto fico cada vez mais confusa.
Como eles podem ser tão racionais?
Por que em um piscar de olhos tornam-se os seres mais grossos do mundo?
Quem pode me explicar toda a perversão masculina?
E esse incômodo em gastar dinheiro?
E a longa "TPM" deles quando estão com algum problema no trabalho?
Aliás, por que o trabalho é algo a ser discutido e relacionamento não?
E quando você acha que está sendo super compreensiva e ele te vê como ciumenta, neurótica e insegura?
Por que eles nunca fecham a tampa do vaso? No meu caso é ainda pior!!! O homem que mora na minha casa não fecha a loção de barbear, as portas dos armários e larga roupas e sapatos pela casa.
Por que alguns viram Shrek aos domingos?
Por que eles não tentam nos compreender de fato?
Odeio o orgulho masculino. Custa desculpar-se ou simplesmente reconhecer sua falha?
E o egoísmo dos homens?
Por que eles acham que podem nos compensar com dinheiro?
Por que são tão pró ativos na vida e zero iniciativa dentro de casa?
Por que topam tudo quando estão motivados a "pegar mulher" e depois de um tempo mostram suas verdadeiras vontades e desejos?
Não sei não... Se eu continuar a escrever tudo que vem pela cabeça, nunca mais volto pra casa.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Castelo de cristal

Meu marido volta e meia manda a pérola: "casamento não é fisológico".
Odeio quando ele fala isso, mas sei que é a mais pura verdade. Como pode dois seres viverem embaixo do mesmo teto e ainda por cima terem que ser felizes no meio da rotina e com todas as suas diferenças? Não sei como pode, mas quero!
Devo viver num mundo a parte ou sofro mesmo do complexo de princesa. Acredito tanto no "felizes para sempre", embora eu saiba que não tem que ser a qualquer custo.
Criei um castelo onde tem o príncipe (às vezes sapo), a linda princesa e seus filhotinhos comportados e bem educados. O que pode dar errado numa união com amor e desejo de estar junto? TUDO! Um simples "bom dia" mal humorado pode colocar em xeque o relacionamento. Não somos 100% tolerantes em nada, menos ainda com as pessoas que temos intimidade.
Não há receitas prontas, não há respostas para todas as perguntas e inseguranças que geramos internamente. O que deve haver é o desejo mútuo de permanecerem juntos e felizes.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Medo da adolescência
Fui um dia desses, com eles, a um show de uma banda teen (o que uma mãe não faz pelos filhos?). Quando vi, lá estava eu entre muitas menininhas histéricas. Ficamos numa área VIP e antes do show fomos até o camarote da tal banda que meus menininhos adoram e conhecem todas as letras de cor. A banda é composta por uns quatro garotos, cheios de piercings, cabelos emo e vestindo calça skinning abaixo da bunda. Isso mesmo! A cueca ficava TODA de fora, uma blusa que tampava parte da bunda e só bem abaixo é que a calça começava. O vocalista era uma esquisitisse só. Confesso que tentei agir com naturalidade, mas quem me conhece sabe que tenho dificuldades em disfarçar minha estupefação.
Passado este momento de fã com direito a fotos e blusa da banda, fomos assistir ao show. A cada 5 minutos uma menina era carregada para enfermaria. Durante o show, vi pelo menos umas dez sendo carregadas. Estranhei aquilo, pois não tinha bebida alcólica sendo vendida. Não resisiti e perguntei aos seguranças o motivo daquilo tudo. Foi então, que soube que as garotas de hoje passam o dia sem comer, num calor daqueles do Rio e uma hora desmaiam.
Putz. Tô velha! Na minha época, éramos magras naturalmente. Se alguém caísse num show era por abuso de álcool ou algo a mais. Nunca tive amigas que passassem o dia sem comer.
Ah... Os garotos! Eles eram muitos, também, mas beijando garotas diferentes. Só faltava um cronômetro para poderem marcar o tempo entre uma menina e outra que beijavam.
Voltei pra casa me achando tão feliz por ainda vestir meus filhos do jeito que gosto, escolher o corte de cabelo, determinar a hora de dormir e ainda por cima ser vista por eles como a mais linda de todas.
Virei mulher

Quando me dei conta estava eu cheia de responsabilidades com uma casa a gerenciar, uma empregada, filhos, marido, um emprego e ainda por cima tendo que ser impecável em tudo. A mãe-modelo, a mulher-parceira e amante ideal.
Em que momento cresci? Qual parte ficou tão lá atrás que mal me lembro da minha vida antes dessa?
Em que fase da vida parei de ser dona do meu tempo? Após a maternidade com certeza! Porém, antes disso eu já não ditava mais as regras. Já havia muitas cobranças e compromissos para ser uma pessoa bem aceita na sociedade. Já tinha que interpretar diversos papéis.
Longe de mim querer viver de lembranças ou simplesmente jogar tudo pro alto para ter uma nova vida. Mas seria tão bom se existisse um botão "pause". A vida seria mais lenta, eu menos estressada e ansiosa.